Estudos observacionais têm verificado ações benéficas da ingestão de antioxidantes (vitamina E, vitamina C, carotenoides, selênio e polifenóis), ácidos graxos ômega-3 e vitamina D no tratamento da asma.
A asma é caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas, iniciada e perpetuada pela resposta imune inadequada, resultando na redução ou obstrução no fluxo de ar.
Os compostos polifenólicos, como flavonóides presentes em frutas e chás, vêm ganhando destaque como potentes antioxidantes que podem contribuir no tratamento da asma. Um estudo verificou que, em adultos, o consumo diário de maçã foi associado com menor risco de desenvolver asma. Outra pesquisa mostrou que, em crianças, o consumo diário de banana e suco de maçã concentrado reduziu significativamente os sintomas da asma.
Kim et al (2005) e Laerum et al (2007) verificaram que o consumo de peixe, em pelo menos uma porção semanal, é capaz de proteger contra a asma e seus sintomas em adultos e crianças. Além disso, estudos também verificaram que a dieta mediterrânea está associada com menor risco de asma e que diminui os seus sintomas em crianças.
De maneira geral, as pesquisas vêm dando foco à prevenção por meio da intervenção nutricional durante a gravidez, com o objetivo de reduzir o risco de asma na infância. Estudos de coorte mostraram que ingestão materna de vitamina E, vitamina D, selênio, zinco e ômega-3 durante a gravidez reduz o risco de asma nas crianças.
Entretanto, mais estudos de intervenção nutricional são necessários para estabelecer as recomendações específicas e para que se possam instituir medidas de saúde pública para reduzir a prevalência de asma na infância.
Matéria NutriTotal
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